Sigo procurando quem eu sou, sou o que quero ser
sou ser humano, permita-se ser..

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Pra minha mãe.

 Às vezes me pego pensando em tanta coisa que já escrevi aqui, tanta coisa que já escrevi pra ti e quantas lembranças tem aqui nesse blog. Tanta coisa escrita, tantos sentimentos transcritos, quero escrever de forma diferente.

 Considero errado eu dizer que você me mudou. Acho justo eu dizer que você me fez conhecer um pouco mais de mim mesmo. Tão insegura, sincera, tão dependente e independente, me fez aprender tanto, me fez crescer tanto.

 Hoje eu posso dizer que sei o que tem valor de verdade pra mim. Aprendi a contar meus amigos, não contar pros meus amigos. Sei quem é quem. Hoje sei de verdade o valor que as coisas tem, não somente o preço. Hoje valorizo aquela que me deu a vida, minha mãe.

 Ahh.. Minha mãe. Rainha, única. Me ensinou muito mais. Mas não sei porque, a nossa conversa não flui. Minha mãe não me entende. Eu entendo ela, pois sei que nenhuma mãe gostaria de ver um filho que prefere tatuagens e música à estudos e carreira profissional. Entendo como ela deve ficar triste por eu não ser estudioso como ela queria, por ela não me ver me dedicando ao que tem valor pra ela, por não ser o engravatado que ela sempre quis, talvez falando assim soe um pouco radical mas é uma maneira de falar. Cada vez que ela fala que não sabe onde errou na minha criação é uma pontada aqui dentro, sinto como se ela falasse que fui um erro, que não dei certo. Ela não me entende. Não entende que eu sou diferente dela, que eu tenho ideais diferentes, que penso diferente, que gosto de coisas diferentes. Não é porque sou filho dela que devo gostar do que ela gosta, que devo fazer tudo o que ela gosta. Ela me deu a vida, é verdade, mas eu tenho a minha vida. Me sinto por vezes hipócrita por fazer coisas, ou deixar de fazer simplesmente pra agradá-la. Talvez minha mãe nunca perceba o que tem valor pra mim, ou que o que tem valor pra mim não vale de nada pra ela.

Não culpo minha mãe por não me conhecer. Eu não me conheço. Por vezes me pego pensando no que idealizo. Por vezes tenho vontade de fazer uma tatuagem nova e lembro que minha mãe vai ficar desapontada. É muito ruim isso. Infelizmente ela ainda vê com um olhar preconceituoso, talvez essa não seja a palavra. Acho que ela tem a mente muito fechada ainda. Ou talvez simplesmente não goste. Mas o que me questiono é: Ela tem o direito de não gostar, assim como eu tenho o direito de gostar. É simples, não há nada complicado. Desde cedo eu vejo que ela nunca foi ligada a artes, a música, ela nunca teve uma opinião extrema sobre alguma coisa. Sempre procurou o lado certinho, mesmo quando a vida é errada. Até hoje minha mãe não aprecia uma boa música ou gosta de artes, de tatuagem, pintura, grafitti e tudo mais. Faz parte da geração dela não gostar.

Minha mãe não é esse monstro que eu descrevo. Mamãe não tem nada de monstro. É a melhor pessoa que eu conheci, é quem eu mais amo nesse mundo e por vezes nos vejo afastado simplesmente por nossas ideias não baterem. Eu entendo que ela quer sempre me proteger, mas ela tem que entender que eu não posso viver pra sempre nos moldes que ela quer.

Talvez a culpa de tudo seja minha e eu prefiro que seja, prefiro assumir o fardo do que deixar minha mãe arrependida por não ter me criado bem. A criação que eu tive foi a melhor do mundo e é essa mesma criação é a que me permite escrever isso tudo hoje. Talvez a culpa realmente seja minha. De nunca ter falado realmente o que penso mais cedo, de nunca ter dado opinião mais dura. Mas é minha proteção. Prefiro evitar uma discussão. Me protejo no silêncio, talvez tenha medo do julgamento, ou talvez tenha medo de minha mãe morrer de arrependimento quando descobrir o que realmente sou. Ou quando eu descobrir quem eu realmente sou.

Se você tiver acesso a esse blog, mãe, saiba que eu te amo mais que tudo e que você é o bem mais precioso que eu tenho. Se eu fosse o filho que a senhora sonhou, o sonho dele seria ser como eu sou. Isso tudo é pra você.

"Sigo procurando quem eu sou.. sou o que quero ser, sou ser humano, permita-se ser..."

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Lembranças.

  Há um tempo atrás eu falei para uma pessoa um tanto especial que eu tinha medo do futuro. Pois bem, eu não tenho medo do futuro. Eu tenho medo das lembranças. Dela sim. Tenho medo de nunca mais te ver, tenho medo de que nem lembremos um do outro daqui a 5, 10 anos. Tenho medo de não te encontrar, de não poder estar contigo. É disso que eu tenho medo. Seria como quebrar promessas que fiz, e fiz pra mim mesmo. Por dias esse medo me derruba,e por mais que isso dependa de mim, isso não depende só de mim. Tenho medo de que a 10 anos nenhum amigo meu esteja comigo e eu seja só mais um engravatado trabalhando, com uma rotina fudida, me embebedando nos finais de semana e acontecer o que acontece toda vez que eu fico bebado sozinho. As lembranças vem. E ai eu vou lembrar de todos os momentos nossos e vou botar aquela música pra tocar, vou lembrar de como eramos criança e até de como poderiamos ter dado tão certo quanto demos. Vou lembrar da sua foto e do seu toque, e me perguntar porque que a vida é assim tão cruel a ponto de separar as pessoas por conta do tempo.

  Tenho medo também de apenas sobreviver nessa hipocrisia em que vivo, em que vivemos e que viviamos, de ser só mais um e de, talvez, daqui há um tempo, deixar de ser até o que mais fui pra você, só uma lembrança. Por tempos o medo me cega e hoje escrevo para superá-lo talvez. Como supero meu ciumes, meu amor, meu tempo, minha saudade, tudo isso pra poder superar meu maior medo. As lembranças. Até as piores delas são atormentadoras, e as melhores amedrontam, apesar de serem boas. Te questionam por dentro, de um modo que só você entende e isso é pessoal de cada um.

  Talvez seja só um louco, um hipócrita rebelde ou um adolescente escritor cheio de sonhos, onde o principal deles é que todas as minhas lembranças estejam comigo daqui a 10, 20, 30, 40, 50, 60, 70, 80 anos, numa festa regada a bebida na praia, com todos chapados se divertindo, onde a tristeza é barrada pelo segurança e depois eu vá embora descalço e a pé, e o mais importante, de mãos dadas contigo.

É assim.

Então, você aceita ela daquele jeito todo embaraçado, toda marrenta, toda sem nexo, toda inconsequente, porque teu mundo é ela, de um jeito ou de outro, é ela. Então, você vê ela todos os dias, mas, tem sempre aquela mesma sensação. “Porra, eu quero.” Depois de algum tempo, você se pergunta, será que é ela mesmo? E tu nem precisa responder, porque é. É que na verdade, você gosta do jeito irritado dela de dizer “vai embora”, você gosta dos ciúmes dela, você gosta de quando ela passa um dia sem falar contigo, só para fazer marra, você gosta quando ela sorri escondido, só pra você não perceber. Porque, ninguém, nem mesmo a tua mãe, olha pra ti como ela olha, é como se ela falasse “Eu acredito em você, não importa o que droga tu faça, eu vou estar aqui, porque quero ver até onde tu vai chegar.” E você ama ela, porque ela te faz lembrar que tu és o cara mais idiota do mundo, que tu é um tolo, que tu é um canalha, mas, você é só dela, e daí tu sente aquela sensação maluca. “Sem ela eu não sou eu.” E ela diz que ta com vontade de te ligar, e você para tudo, desliga a TV, manda teu amigo ir dormir na cozinha, do lado de fora, porque, a gente tem aquela sensação que cada momento é um só momento, e tu quer guardar tudo, tudo só pra você, é egoísta, é mesquinho, mas, é você e ela, ninguém precisa saber porque tu ta sorrindo na fila do banco, ninguém precisa te perguntar. “Ta namorando?” “Ta apaixonado?” “Ta amando?” Isso ta na cara, mas, vocês guardam, vocês escondem, vocês preservam. E depois bate aquele medo, que os dias virem lembranças, que alguém ocupe o teu lugar, que alguém faça ela sorrir por mais de 15 minutos, que alguém fique com ela por tanto tempo que ela acabe não sentindo tua falta, aí tu se esconde, é até babaquice, porque quando a gente quer estar perto, a gente vai embora. Mas, é ela. É ela quando você precisa de uma segunda chance, é ela quando você pensa em sexo, é ela quando você esta distraído, é ela quando você é reprovado na faculdade, é ela quando você fica irritado, é ela quando você sorri, é ela no teu banho, na tua sala, na tua vida.

"Mas dizer que não amo ela, seria como trair meu coração." (Trecho de "O homem da máscara de ferro.")

- Autor desconhecido.

terça-feira, 4 de junho de 2013

Como me sinto quando...

Vou lhe contar como me sinto quando você vai embora...
É triste ver você ir,
Mesmo sabendo que não é possível,
Eu tento te ver mais um pouco.
Às vezes, como agora, fico triste,
Por não poder chegar até você,
Por não poder lhe ver nem que seja de longe.
Sinto tanto a sua falta... Eu vivo de você.
Vivo do que para muitos é algo sem sentido, mas que para mim é inexplicável.
É essa forma de nos comunicarmos que me faz tão bem.
Amo esse mundo que nos aproxima.
Estamos distantes...mas procuramos um ao outro.
Há dias... há meses.
Mesmo que um dia você não possa mais, continuarei sempre vindo aqui,
Para lhe contar sobre os meus dias.
Contar como foi o sonho que sonhei com você.
Que foi tão bom sentir seu cheiro.
Não chore, seu rosto não merece lágrimas tristes.
feche os olhos lembre-se sempre.
Eu amo você.

(Autor desconhecido)