Um ano.

Obrigado.

Me desculpa.

 Atitudes não são mais o suficiente. Chegamos ao fim, pela segunda vez. Me desculpe se eu não pude ser o cara que você sonhou, me desculpa se eu te fiz sofrer tanto assim da primeira vez, me desculpa se eu sou tão moleque e me deculpa se não fui bom o suficiente pra você... Eu sou assim mesmo, sou estourado, apaixonado, jogado aos seus pés, é, sou mesmo exagerado, as vezes. Eu também erro muito. Me desculpa se eu sou só um moleque querendo te fazer feliz e se eu perco a paciencia contigo. Me desculpa por mesmo dando o meu melhor em tudo, não foi o suficiente pra você gostar de mim. Me desculpa por todas as vezes que briguei por conta de ciúmes, eu só queria te proteger. Me desculpa por todas as mentiras, por tudo que eu disse antes de contar toda a verdade. Me desculpa por todas as vezes que não soube lidar com seus medos e gritei tentando fazer com que passasse. Me desculpa pela minha insegurança, me desculpa por minha imaturidade.

Me desculpa por não ter ido te ver no dia 13/10/2012, por ter te deixado me esperando. Me desculpa se eu não sei me controlar, me desculpa por não medir esforços pra fazer tudo por ti e me desculpa se não soube te respeitar. Me desculpa pelo tempo que não pude ser eu mesmo, talvez fosse só o medo de te perder e me desculpa por esse medo, ele é real e hoje me assombra. Me desculpa por eu não saber expressar mais em palavras a saudade que sinto e me desculpa por toda hora falar que sinto. Me desculpa por escrever cada vez mais e mais e acho que esse é o unico modo que eu supro a sua falta, ainda que não adiante de nada. Me desculpa por todas as vezes que fomos dormir brigados e por tudo o que te falei nessas brigas. Me desculpa se as vezes eu pareci meio maluco, é que eu prefiro ser essa metamorfose ambulante. Me desculpa se eu tentei te passar uma imagem do que eu não sou. Me desculpa por ter tentado ser o seu super herói.

 Me desculpa por estar partindo agora. Eu preciso fazer isso por nós. Eu tenho certeza que todo santo dia eu vou sentir sua falta e vai ser dia após dia vivendo com um aperto maior ainda no peito. A saudade vai me matar por dentro e eu vou levantar só pra poder seguir. Eu não vou sumir, você sabe onde me achar e você sabe que eu sempre vou te esperar de braços abertos, pronto pra poder me desculpar por estar me desculpando disso tudo. Saiba que se sentir vontade você pode falar. Me desculpa por eu estar indo agora, antes que eu seja rude, até mais minha pequena, ainda tá escrito Maktub. Sempre que você precisar, você sabe que eu estarei aqui, pronto pra fazer de tudo pra te ver bem. E se isso tudo não é suficiente pra que você possa ficar aqui, me desculpa por te amar tanto assim. Te cuido, te amo pra sempre, minha eterna pequena.

Era somente o precipício.

 E agora? Mais uma vez me encontro aqui. Onde tudo começou. Era o início do fim e o fim do início. Eram duas forças opostas que se opuseram mais ainda. Não havia culpa de ninguém. Não havia amor. Eu tentei de todas as maneiras te segurar, mas não foi o suficiente. Me entreguei, de coração, de alma, de corpo. Mas, simplesmente não deu. E como lidar com isso? Como lidar com a dor de uma perda? E mais, como lidar com a dor de uma perda duas vezes. Por duas vezes eu tive que deixar você ir. Não por não amar, sim por amar muito além. Muito além do que aparencia e muito além de um amor que cobrava distancia. Ou talvez tenha faltado isso, proximidade. Não, não faltou nada. Sobrou amor. Não sei bem o que escrever. Me sinto perdido, como se tivessem roubado tudo que havia de bom em mim. Mas não roubaram. Não foi questão de roubo. Você simplesmente não está mais aqui e cabe a mim suportar o fardo de viver sem ti. Não há mistério e se não há mistério, porque tão difícil? Porque não simplesmente aceitar e seguir?! Porque todos nós sabemos que não é assim. Ninguém escolhe de quem gostar e infelizmente eu te amo. Essa é minha sina, fazer tudo por você. Ah... e como você aliviava meus problemas.

 Escrever tem me aliviado. Me ajuda a suportar a sua ausencia e quando você estava aqui eu só escrevia coisas boas a ti. Hoje estou aqui de novo, escrevendo palavras melancolicamente fudidas pra tentar entender a sua ida. E não há o que entender, não há o que fazer. Já foi. Quem sabe um dia volta?! E aí vai ser do meu jeito, vai ser realmente diferente. Talvez estivéssemos fadados a isso desde o início. Talvez esse seja o nosso destino e talvez nosso destino sejamos nós os próprios autores. A vida tem dessas coisas e todo o medo que eu sentia de você ter voltado apenas por um tempo se cumpriu. Você foi embora de novo. Tudo bem, não é culpa sua.

 Mais uma vez eu to aqui e mais uma vez eu termino assim. Dizendo que te amo e ainda te espero. É porque mudam os motivos e os dias, mas não muda o que eu sinto. Te cuido, de perto ou de longe. Eu te amo pra sempre, mas preciso ir agora, antes que eu seja rude, até mais minha pequena, ainda tá escrito Maktub.

Mais uma vez.

As vezes me sinto perdido, no meio do nada. Não sei o que acontece e não acho um motivo para viver. As vezes esqueço que o maior motivo para viver sou eu mesmo. Mas como lidar com uma perda? Como lidar com um turbilhão de sentimentos, problemas, tempos e poucos minutos?

 As vezes fico pensativo, só quero um lugar tranquilo pra ficar, pra esquecer do mundo e dos problemas. Só quero minha de fé do lado e mais nada. E quando minha de fé não tá mais aqui? Será que já inventaram algum lugar onde o meu pensamento desvie de você? Porque me hipnotiza assim? Porque brinca assim comigo? Qual a magia pra me deixar em suas mãos? São muitas perguntas sem resposta. Acho que somos bons nisso. Nunca passei de um bom moço que te queria. Estabanado, inconsequente, inseguro, mas bom. Posso te dar tudo o que sempre quis. Mas não sei se você ainda me quer. Tanto pra falar e tão pouco a poder dizer. Mexe com minha cabeça, como se a qualquer momento ela fosse explodir. Quero por um segundo ir pra um lugar onde não exista você. E nesse segundo será suficiente pra eu ter certeza de como você faz falta. Faz sim. Eu não sei como te dizer isso, não sei como provar, mas eu te amo. Eu posso sumir por tempos, mas eu volto, sua casa é meu templo, meu templo de paz, onde ninguém mais descansa aliviado, só por estar do seu lado.